Mudanças em Curso no Departamento Técnico
O Grêmio, um dos clubes mais tradicionais do Brasil, está passando por um processo de reestruturação em sua comissão técnica. Após as recentes saídas de Renato Portaluppi e de vários membros da equipe, o clube agora busca nomes para renovar seu departamento de futebol. Entre os cogitados está Rogério Dias, ou Rogerinho, que já foi peça-chave em conquistas como a Copa do Brasil de 2016 e a Libertadores de 2017.
Rogerinho deixou o clube em 2020, durante uma ampla reformulação interna, mas está aberto ao retorno. Ele revelou recentemente que foi apresentado a um novo projeto pela diretoria. Desde sua saída, acumulou experiência no Bahia, Santos e em equipes do Oriente Médio, sempre em posições de destaque.
Preparação Física ou Modelo de Jogo?
Nos últimos anos, o Grêmio enfrentou desafios que não se limitavam apenas ao aspecto técnico. A queda no rendimento físico da equipe, especialmente nos momentos finais das partidas, chamou a atenção. No entanto, seria esse problema exclusivo da preparação física?
Provavelmente não. O modelo de jogo adotado pelo time também pode ter contribuído para o desgaste excessivo. Sob treinadores com abordagem mais ofensiva, a equipe passou a maior parte do tempo sem a posse da bola. Isso fez com que os jogadores corressem mais, aumentando o desgaste físico e comprometendo o desempenho nos minutos finais.
Por outro lado, uma filosofia baseada na posse de bola e em saídas organizadas poderia reduzir esse impacto. Afinal, equipes que controlam o jogo correm menos e sofrem menos, o que permite manter um desempenho mais consistente ao longo dos 90 minutos.
Rogerinho e o Projeto de Reconstrução
A possível volta de Rogerinho traz expectativas positivas. Sua experiência, tanto nacional quanto internacional, pode contribuir significativamente para a preparação física e tática da equipe. Além disso, ele já conhece a cultura do clube, o que pode facilitar sua reintegração.
No entanto, para que essa mudança tenha sucesso, será essencial alinhar a preparação física com um modelo de jogo mais estruturado. Um time que alia organização tática e condicionamento físico tem maior chance de competir em alto nível ao longo de toda a temporada.
Opinião: Organização é a Chave
Embora o retorno de um profissional experiente como Rogerinho seja um passo importante, ele precisa ser acompanhado de mudanças dentro de campo. A adoção de um estilo de jogo que priorize a posse de bola e a organização tática pode ser o verdadeiro divisor de águas.
Quando um time controla o jogo, ele não apenas sofre menos desgaste, mas também mantém seus jogadores mais inteiros até o apito final. Essa pode ser a solução para os desafios que o Grêmio enfrentou nos últimos anos.