Internacional garante vaga nas oitavas com atuação decisiva e vitória emocionante no Beira-Rio.

Na noite desta quarta-feira, o Internacional assegurou sua classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores da América 2025 ao vencer o Bahia por 2 a 1 no Estádio Beira-Rio. A equipe de Roger Machado precisava apenas de um empate, mas mostrou força mental e competitividade ao buscar a virada após sair atrás no placar. O resultado não apenas garantiu a vaga como também renovou a confiança da torcida colorada em um projeto que começa a amadurecer.


Bahia sai na frente, mas Inter responde rápido e domina o jogo com intensidade

O Bahia de Rogério Ceni abriu o placar com Jean Lucas, mas a resposta do Internacional foi imediata: em apenas dois minutos, Vitinho empatou e incendiou o estádio. Logo depois, em jogada de bola aérea, Borré, recém-recuperado de lesão, garantiu a vitória colorada e foi o símbolo da entrega do time. O atacante não apenas voltou com gol, como deu novo ânimo ao time e à torcida.

A postura inicial do Inter foi clara: marcar alto, pressionar a saída de bola do adversário e impor intensidade. O Bahia, com sua tradicional posse de bola — que chegou a 65% no total da partida — tentou controlar o jogo, mas esbarrou em uma defesa sólida e em dificuldades na construção no terço final, ponto fraco já conhecido da equipe baiana.


Análise tática: Inter se sobressai contra equipes que propõem o jogo

Um ponto técnico que chama atenção na análise desta partida é o desempenho superior do Internacional contra adversários que gostam de propor o jogo. A equipe de Roger Machado se sente mais confortável em linhas médias e baixas, explorando transições e compactação defensiva.

Esse modelo se comprovou eficaz diante do Bahia, que teve mais posse, mas foi menos objetivo. O Internacional, mesmo com menor volume de posse (35%), criou as melhores chances e se mostrou mais maduro na ocupação de espaços e nas jogadas de velocidade.


Borré decisivo e sistema defensivo consolidado: a chave para ir longe na competição

A volta de Borré ao time titular foi fundamental. Além do gol da virada, o colombiano demonstrou mobilidade, inteligência tática e faro de artilheiro. Com ele em forma, o Inter ganha um atacante de peso para a sequência da Libertadores.

Outro destaque foi o comportamento do setor defensivo, especialmente com o recuo de Fernando, que alterna como volante e zagueiro, formando às vezes uma linha de cinco ou até seis jogadores na última linha. Essa variação tática é crucial em jogos eliminatórios contra adversários com transições rápidas, como Palmeiras e Vélez Sarsfield, possíveis rivais nas próximas fases.

Wesley, atuando pela lateral, também teve papel importante, cobrindo as costas do lateral-direito e ajudando a neutralizar as jogadas pelas beiradas.


Estatísticas comprovam: objetividade foi a chave do triunfo

Apesar de menor posse de bola, o Internacional:

  • Finalizou 11 vezes (contra 13 do Bahia);
  • Criou 1 grande chance clara (mesmo número do rival);
  • Teve 19 desarmes (contra 12 do Bahia);
  • Recuperou 40 bolas (quase o mesmo que os 45 do adversário);
  • Sofreu 19 faltas, marcando presença física no jogo.

Além disso, o Colorado foi mais preciso no terço final, aproveitando melhor os espaços deixados pela defesa do Bahia.


O que esperar do Inter nas oitavas? Modelo de jogo encaixa com a Libertadores

Se analisarmos historicamente, muitas equipes campeãs da Libertadores construíram seus títulos com uma proposta semelhante à atual do Internacional: defesa sólida, transições rápidas e foco na objetividade. Em um torneio onde cada erro é fatal, o modelo de Roger Machado pode, sim, fazer o Inter sonhar com o título.

Claro, há pontos a corrigir. A equipe ainda começa os jogos em desvantagem com certa frequência, e precisa estar mais atenta nos minutos iniciais. O tempo até a próxima fase — graças à pausa para o Mundial de Clubes — pode ser crucial para ajustes defensivos e maior entrosamento ofensivo.


Opinião: Inter é, sim, candidato ao título da Libertadores

Após quase 15 anos sem conquistar um título de peso, o Internacional volta a ser competitivo em alto nível continental. A classificação diante do Bahia é simbólica: mostra um time com identidade, força coletiva e jogadores decisivos. A torcida precisa entender que o caminho até a taça exige paciência, mas o projeto parece sólido.

Cravo aqui: o Inter é um dos favoritos ao título da Libertadores 2025. Se mantiver essa postura tática, esse foco nos momentos decisivos e tiver o elenco completo fisicamente, o Colorado pode surpreender — ou até confirmar — sua força.

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