Internacional se complica no Brasileirão ao perder para o Fluminense no Beira-Rio e se aproximar perigosamente da zona de rebaixamento.
Derrota diante de um carrasco histórico aumenta pressão sobre o time de Roger Machado
Renato Gaúcho e a estratégia do controle
O Fluminense não precisou dominar a posse de bola para controlar a partida. Mesmo com 50% de posse para cada lado, o time carioca foi mais eficiente e objetivo. Apesar de o Internacional ter finalizado mais vezes (15 contra 8), o Flu soube neutralizar as jogadas ofensivas adversárias e aproveitou suas oportunidades com inteligência tática. A equipe de Renato demonstrou organização, paciência e excelente leitura de jogo.
Internacional: um time reativo e com falhas defensivas
Como já abordado em análises anteriores, o Internacional é uma equipe reativa, que sofre para propor o jogo e enfrenta dificuldades contra adversários bem organizados. No confronto contra o Bahia pela Libertadores, por exemplo, o Inter se saiu bem ao neutralizar um time com posse de bola mas sem objetividade. Porém, a tendência é de queda de rendimento quando enfrenta equipes com controle tático, como o Fluminense.
A defesa tem sido um dos pontos mais críticos. Mesmo com um bom número de desarmes (15) e interceptações (12), o Internacional sofre com erros de posicionamento e cobertura. O Flu, mesmo com menos finalizações, foi letal, mostrando a fragilidade colorada na recomposição.
Estatísticas revelam o problema de objetividade
Apesar da aparente paridade em estatísticas como posse (50% para ambos) e passes certos (430 de cada lado), o xG (gols esperados) do Inter foi de apenas 0.61, contra 0.62 do Flu. O que mostra que ambas as equipes criaram pouco, mas o Fluminense foi mais eficiente.
- Finalizações: 15 (Inter) x 8 (Flu)
- Defesas dos goleiros: 1 (Inter) x 4 (Flu)
- Escanteios: 9 x 1
- Cruzamentos certos: apenas 18% de acerto pelo Inter
- Gols evitados: -1.08 para o Inter, ou seja, falhou defensivamente
Risco de entrar no Z-4 antes da parada para o Mundial
O próximo confronto é contra o Atlético Mineiro, fora de casa. Caso o Inter não vença, e resultados paralelos favoreçam adversários diretos como Vasco, Vitória e Fortaleza, o clube pode terminar a rodada dentro da zona de rebaixamento. Ainda assim, mesmo com desempenho abaixo da média, o Internacional tem elenco para reagir, principalmente se ajustes forem feitos defensivamente.
A pressão externa e os riscos para a temporada
Se o time entrar na zona de rebaixamento, a pressão da mídia e da torcida tende a aumentar. Muitos jornalistas se apresentarão como porta-vozes da torcida para atacar o trabalho de Roger Machado. Esse cenário pode afetar também o desempenho em outras competições, como a Libertadores, onde o Inter ainda tem chances de disputar o título.
Considerações finais: é hora de ajustes e menos discurso
O Internacional precisa reagir. A estratégia reativa pode funcionar em jogos pontuais, mas o Brasileirão exige consistência. A diretoria deve evitar pressões externas e focar em ajustes internos, especialmente na defesa. Com uma tabela apertada e rivais diretos melhorando, não há espaço para mais tropeços. A parada para o Mundial pode ser o momento ideal para reorganizar o time. Mas é preciso chegar até lá com dignidade na tabela.