O Grenal 446 marcou um momento de transição para o Grêmio, que viveu mudanças significativas após a saída de Renato Portaluppi. A decisão unânime da torcida, influenciada pela imprensa, levou à chegada de Gustavo Quinteros, um técnico que trouxe expectativas altas. No Campeonato Gaúcho, o Grêmio começou bem, mas enfrentou um choque de realidade em seu primeiro grande teste contra o Juventude, onde apresentou dificuldades mesmo com uma equipe mista.
No Grenal 444, as fragilidades continuaram. O Grêmio teve 58% de posse de bola, mas criou menos chances claras, com um xG de 1.14 contra 2.04 do Inter. Apesar de dominar estatísticas como passes (309 contra 270) e faltas (13 contra 23), o time mostrou dificuldades na finalização e na defesa, frustrando torcedores e a mídia.
No entanto, o Grêmio reagiu. Em jogos subsequentes, como o confronto contra o Juventude na Arena, o time mostrou evolução, dominando do início ao fim e sendo prejudicado por decisões polêmicas da arbitragem. A resiliência foi evidente no empate nos acréscimos, com um gol antológico de bicicleta de Gustavo Martins, que gerou polêmicas e reações do Internacional, que tentou impedir o octacampeonato gremista.
Na final do Gauchão, o Grêmio ainda mostrou carências, especialmente no meio-campo, com falta de criatividade. No entanto, manteve a postura de priorizar a posse de bola, jogar pelos lados e buscar transições rápidas, características marcantes do estilo de Quinteros.
Estatísticas do Grêmio no Gauchão 2025
O Grêmio teve um desempenho sólido no Campeonato Gaúcho 2025, com números que refletem a evolução sob o comando de Quinteros:
Métrica | Números |
---|---|
Partidas | 12 |
Gols marcados | 23 |
Gols sofridos | 9 |
Assistências | 17 |
Ataque | |
Gols por partida | 1.9 |
Total de chutes por partida | 12.8 |
Dribles por partida | 15.4 |
Escanteios por partida | 6.1 |
Passes | |
Posse de bola | 54.7% |
Passes certos por partida | 307 (81.2%) |
Cruzamentos certos | 4.3 (29.7%) |
Defesa | |
Jogos sem tomar gols | 6 |
Gols sofridos por partida | 0.8 |
Interceptações por jogo | 32.2 |
Bolas recuperadas por jogo | 69.7 |
Outros | |
Desarmes por partida | 75.5 (39.3%) |
Duelos aéreos ganhos | 15.4 (45.7%) |
Cartões amarelos por partida | 2.3 |
Cartões vermelhos | 2 |
Análise dos Quadros Estatísticos dos Grenais 443, 444 e 446
A comparação entre os Grenais 443, 444 e 446 revela mudanças significativas nas abordagens do Grêmio e do Internacional, além de destacar como os técnicos Roger Machado e Gustavo Quinteros ajustaram suas estratégias para enfrentar o clássico.
Grenal 443 (Brasileirão 2024 – Outubro)
Estatística | Internacional | Grêmio |
---|---|---|
Posse de bola | 64% | 36% |
Gols esperados (xG) | 1.84 | 0.52 |
Finalizações | 18 | 9 |
Passes certos | 495 | 278 |
No Grenal 443, o Internacional de Roger Machado dominou a posse de bola (64%) e criou mais chances ofensivas, com 18 finalizações e um xG de 1.84. O Grêmio, sob o comando de Renato Portaluppi, teve dificuldades para impor seu estilo de jogo apoiado, com apenas 36% de posse e 9 finalizações. Apesar de Renato priorizar a posse em outros jogos, o Inter de Roger soube neutralizar essa característica, mostrando uma postura mais controladora e eficiente.
Grenal 444
Estatística | Grêmio | Internacional |
---|---|---|
Posse de bola | 58% | 42% |
Gols esperados (xG) | 1.14 | 2.04 |
Finalizações | 8 | 14 |
Passes certos | 309 | 270 |
No Grenal 444, o Grêmio de Gustavo Quinteros assumiu a posse de bola (58%), mas ainda mostrou dificuldades na finalização, com apenas 8 finalizações e um xG de 1.14. O Inter, mesmo com menos posse (42%), foi mais eficiente, criando 14 finalizações e um xG de 2.04. Esse jogo evidenciou que, embora Quinteros tenha trazido uma nova postura ao Grêmio, o time ainda carece de entrosamento e criatividade no meio-campo.
Grenal 445
Estatística | Grêmio | Internacional |
---|---|---|
Posse de bola | 64% | 36% |
Gols esperados (xG) | 0.73 | 0.61 |
Finalizações | 12 | 9 |
Passes certos | 399 | 197 |
No Grenal 445, o Grêmio de Quinteros dominou a posse de bola (64%) e criou mais chances, com 12 finalizações e um xG de 0.73. No entanto, o Inter, com apenas 36% de posse, mostrou eficiência defensiva, limitando o Grêmio a poucas chances claras. Esse jogo reforçou a ideia de que o Grêmio ainda precisa melhorar na finalização, mesmo controlando o jogo.
Grenal 446 (Final – 1×1)
Estatística | Internacional | Grêmio |
---|---|---|
Posse de bola | 36% | 64% |
Total de chutes | 7 | 5 |
Chutes no gol | 4 | 2 |
Disputas ganhas | 51% | 49% |
No Grenal 446, o Grêmio de Quinteros dominou a posse de bola (64%), mas novamente mostrou dificuldades na finalização, com apenas 2 chutes no gol e um xG baixo. O Inter, com apenas 36% de posse, adotou uma postura mais pragmática, focando em contra-ataques e explorando a eficiência ofensiva. Essa mudança de estratégia de Roger Machado sugere que ele identificou um novo Grêmio sob Quinteros, mais organizado e com maior intenção de controlar o jogo, e optou por ceder a posse para evitar riscos.
Diferenças Entre Renato e Quinteros
Renato Portaluppi nos Grenais: Reativo e Exploração do Contra-ataque
Nos clássicos contra o Internacional, Renato frequentemente adotava um estilo mais reativo, priorizando a solidez defensiva e a exploração dos espaços deixados pelo adversário. Isso acontecia por alguns motivos:
- Inter de Eduardo Coudet e Mano Menezes: Durante grande parte dos Grenais recentes, o Internacional teve treinadores que buscavam controle de jogo e posse de bola (como Coudet). Para enfrentar isso, Renato montava um Grêmio mais compacto, esperando o erro do adversário para sair em velocidade no contra-ataque.
- Adaptação ao Contexto do Jogo: Renato já demonstrou em outras competições que seus times podem ter posse (como em 2017 na Libertadores). Nos clássicos, no entanto, ele preferia um time mais vertical e letal no ataque, apostando na eficiência em vez do controle territorial.
- Diferença no Estilo de Saída de Bola: O Grêmio de Renato nem sempre insistia na saída curta desde a defesa, optando por lançamentos diretos para quebrar a pressão adversária. Isso pode reduzir a posse de bola, já que passes longos aumentam a disputa e a chance de perda da bola.
Gustavo Quinteros nos Grenais: Construção e Domínio Territorial
Já nos jogos do Grêmio sob o comando de Quinteros, a equipe apresentou maior posse de bola. Algumas razões para isso incluem:
- Modelo de Jogo Posicional e Saída Organizada: Quinteros valoriza a saída curta desde a defesa, utilizando laterais e volantes para construir jogadas progressivas. Essa abordagem naturalmente aumenta a posse de bola, pois reduz a quantidade de bolas rifadas e prioriza o passe seguro.
- Maior Pressão e Recuperação Rápida: O Grêmio de Quinteros pressiona alto para recuperar a posse rapidamente após perder a bola. Isso faz com que o time tenha mais tempo com a bola, pois impede que o adversário tenha longos períodos de posse.
- Adaptação ao Internacional Atual: Diferentemente do time de Coudet, o Inter atual pode ter menos imposição na posse de bola. Isso permite que o Grêmio assuma o controle do jogo, ao contrário dos tempos de Renato, quando o Inter era mais dominante nesse aspecto.
Conclusão sobre as Diferenças
Embora ambos os técnicos possam valorizar a posse de bola, a forma como a utilizam e o contexto do jogo influenciam os números finais.
- Renato nos Grenais: Priorizava um jogo mais vertical e direto, permitindo que o Inter tivesse mais posse, mas sem ser necessariamente dominante.
- Quinteros nos Grenais: Prefere um jogo apoiado desde a defesa, o que naturalmente resulta em maior posse de bola.
Se Quinteros mantiver essa filosofia ao longo da temporada, veremos um Grêmio com maior controle territorial e menos jogos reativos, algo diferente da estratégia que Renato usava nos clássicos.
Conclusão Geral
O Grenal 446 e os jogos subsequentes mostraram que o Grêmio de Quinteros ainda está em construção. Apesar das dificuldades contra times de alto nível, o time apresentou evolução, especialmente na intensidade e organização tática. Para o restante da temporada, o desafio será corrigir as carências no meio-campo e manter a resiliência em competições como a Série A, Copa do Brasil e Sul-Americana.
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